terça-feira, 5 de janeiro de 2010

AS CONVENÇÕES – PARTE 1

As convenções…

Segundo um dado dicionário da Língua Portuguesa (não o cito, pois não recebi nada para publicitá-lo), o termo convenção, vem do latim conventio, e quer significar ajuste (entre as partes interessadas), ou um costume admitido (nas relações sociais), o que de facto, não causa nenhum sentimento de estranheza ou admiração em particular.

Todavia, se formos às ditas “convenções”, em estricto sensu, talvez haja muita coisa que a maioria dos comuns mortais anda a fazer, verdadeiros autómatos, em uma sociedade em que uns seguem outros sem saberem muito bem, quem segue quem, e sem saberem o porquê de cada comportamento.

Porque será que não se abotoa o último botão do fato?

Bem, esse comportamento idiota, parece verificar-se em qualquer tipo de fato, tanto faz ser comprado na F.I.C (Feira Internacional de Custóias), como esteja escrito na parte de dentro Hermenegildo Zegna. Também já verifiquei que não importa o fato ter quatro botões, três, ou dois, pois um desgraçado botão, fica sempre sem poder exercer a sua função vital, que é entrar na respectiva “casa”, e ficar apertado, por momentos que seja…

Claro está, que não há fatos de um só botão, pois não seria possível desapertar o “último”, pois como o “único” é simultaneamente o “último”, estaríamos perante uma situação muito complexa, e seria complicado para as ovelhinhas seguidoras de costumes, saberem o que fazer, apertavam o primeiro ou desapertavam o último?

Ocorreu-me, que tal como fizeram com as vacinas da gripe A, talvez em tempos, pudesse ter havido algum Lobby de fabricante de botões para fatos, que tivessem reunido em segredo, e tivessem lançado algum tipo de boato, ou parecer exotérico, e que, sendo este observado, conseguiriam vender mais botões, e assim, haveria sempre mais um botão em cada fato, apesar de não ser utilizado para nada, e conforme fosse um fato de 4, 3 ou 2 botões, aumentar-se ia a produção em 33%, 50% ou 100% respectivamente…

Aliás, é por isso que agora entendo, porque designou-se (não sei quem) que os fatos com menos botões são os mais chiques… ora, se pelas razões acima apontadas, o mínimo possível são fatos de 2 botões, e simultaneamente houve a formação de cartel dos fabricantes de botões para fatos, então, é lógico e expectável que esse mesmo cartel também fosse estipular que o melhor e mais fino e chique, seria usar fatos de dois botões, pois se apenas um era preciso no fato (o outro não é para ser abotoado), então aumentariam a produção de botões em 100%, em vez de um botão em cada fato, venderiam sempre o dobro. E no caso dos fatos com mais botões, o incremento de venda de botões por fatos, seria sempre menor…

Seja como for, não compactuo com este comportamento, e aperto sempre o último botão do fato, tal como os outros botões…A mim não me enganam… (usei aqui um pleonasmo sintáctico propositadamente, para dar mais ênfase…)